segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Crescimento Industrial X Escravidão


Com o capitalismo industrial desenvolvendo-se no mundo e cada vez mais se fortalecido ao contrario do mundo o Brasil ainda sustentava suas bases escravocrata .Enquanto isso as nações européia se industrializavam e buscavam formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, já o Brasil mesmo fragilizado se afastava desses modelos de civilidade ao preservar a escravidão .

De fato, mais do que uma questão moral, a escravidão já apresentava vários sinais de decadência nessa época. A economia brasileira que era baseada na produção de café e na utilização da mão de obra escravocrata. Mão de obra essa que gradualmente se mostrava escassa e ao mesmo tempo as pressões estrangeira aumentava.

Respondendo a esse conjunto de fatores, o governo brasileiro aprova a Lei Eusébio de Queiroz, que, em 1850, estipulou a proibição do tráfico negreiro. Décadas mais tarde, a Lei do Ventre Livre (1871) previa a liberdade para todos os filhos de escravos. Esses primeiros passos rumo à abolição incitaram a criação da Sociedade Brasileira contra a Escravidão e, três anos mais tarde, no estabelecimento da Confederação Abolicionista, em 1883.

Somado a esse conjunto de fatores citados acima o que restava ao sul do Brasil era a compra de escravos no nordeste do seu próprio pais. Parem sabe-se que eram poucos os escravos que aqui existiam e com o passar do tempo essa taxa ia diminuindo afinal as leis que vigoravam contribuía para essa diminuição, restando ao Brasil a abolição da escravatura e como válvula de escape a compra da mão de obra estrangeira que eram principalmente franceses.

Apesar de toda essa efervescência abolicionista manifestada em artigos de jornal, conferências e na organização de fugas, vários membros da elite rural se opunham a tal projeto. Buscando conter a agitação dos abolicionistas, o Império Brasileiro aprovou a Lei Saraiva-Cotegipe ou Lei dos Sexagenários, que previu, no ano de 1885, a libertação de todos os escravos com mais de 65 anos de idade. Na prática, a lei atingia uma ínfima parcela de escravos que detinham um baixo potencial produtivo.

Os estados unidos até então o grade receptáculo da população excedente européia, restringe a imigração.Por outro lado na Europa, as guerras de unificação na Itália favorecem a imigração italiana,que,a parti de 1870, torna-se o maior contingente estrangeiro a penetrar no Brasil. Dessa forma cria-se, concretamente, condições para a implantação do trabalho assalariado que surge como novo fator a atuar contra a permanência da escravidão .

Dando continuidade à agitação abolicionista, vemos que o ano de 1887 foi marcado pela recusa do Exército brasileiro em perseguir escravos e a clara manifestação da Igreja Católica contra tal prática. No ano seguinte, assumindo o trono provisoriamente no lugar do pai, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, no dia 13 de maio. Possuindo apenas dois artigos, a lei previu a libertação dos escravos em território brasileiro e a revogação de qualquer lei que fosse contrária a essa medida.

Apesar de estabelecer um marco no fim da escravidão, a Lei Áurea não promoveu transformações radicais nos cerca de 750 mil escravos libertos em território brasileiro. Sem nenhum amparo governamental, os alforriados se dirigiram para as grandes cidades ou se mantiveram empregados nas suas propriedades de origem. De fato, ao invés de promover a integração do negro à sociedade, a libertação foi seguida pelo aprofundamento da marginalização das camadas populares no Brasil.


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