segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"Dieta" do Café com Leite



Foi em 15 de novembro de 1889 que o Brasil


A República de Espada sustentou os governos de dois militares: os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. O marechal Deodoro da Fonseca liderou o golpe que derrubou o governo monárquico e deu início ao Governo Provisório. Tal governo foi marcado pelas seguintes medidas: a separação oficial entre a igreja e o estado, acabando com o regime do padroado; a instituição do casamento civil e a criação da bandeira republicana com o lema “Ordem e Progresso”. Neste período houve uma grande disputa entre militares e os grandes proprietários, ou seja, os militares queriam um regime republicano centralizador, com o poder Executivo forte o bastante para controlar o poder Legislativo e Judiciário, controlando também a autonomia dos Estados; já os grandes proprietários, inclusive os cafeicultores paulistas, defendiam um regime republicano federalista em que os Estados fossem autônomos. deixou o regime imperial e monárquico e passou a ser uma República Federativa. O governo monárquico

não foi capaz de resolver os problemas políticos enfrentados nem de atender às aspirações sociais que surgiram com o desenvolvimento do país. A República do Brasil de 1889 foi dividida em dois períodos: República da Espada e República Oligárquica.

Foi criada, então, a Constituição de 1891. Com esta, o Brasil passou a ser uma República Federalista Presidencialista, que uni e congrega 20 Estados com ampla autonomia econômica e administrativa. A Carta não permitiu a centralização política, ou seja, os Estados tinham liberdade de eleger seus deputados e governadores, criar impostos, elaborar constituições, etc.

Deodoro da Fonseca deveria governar até 1894, porém, com o agravamento da crise econômica, com os desentendimentos dos poderes Legislativo e Judiciário e ainda os conflitos entre militares e civis o levaram a renunciar. Assim, o governo passou para as mãos de Floriano Peixoto, seu vice. Floriano criou uma imagem de bom governante, impondo ações de cunho paternalista, mandou construir casas, reduziu preços de alugueis, etc. Porém, tais ações eram seguidas por arroubos autoritários que determinavam uma relação política de lealdade sustent

ada pela troca de favores. Crescia, então, um movimento de oposição ao seu governo, alegando que novas eleições deveriam ser convocadas. Os críticos organizaram duas revoltas que agitaram a época: a Revolução Federalista e a Revolta da Armada; ambas exigiam a deposição de Floriano Peixoto. Para contornar a agitação, Floriano organizou o processo eleitoral que deu vitória a Prudente de Morais e pela primeira vez um civil assumiu a República Brasileira.

Sua posse como presidente civil, além de ser um aristocrata paulista e representante da elite cafeicultora, deu início ao período dos civis no poder. Os anos que se seguiram até 1930 marcaram os grandes proprietários de terra com o poder político em defesa dos seus interesses, dando início a chamada República Oligárquica. Foi neste período q

ue se instalou a política do Café – com – Leite, que significou a união das forças políticas e econômicas das províncias de São Paulo e Minas Gerais, ambas grandes produtoras de café e leite respectivamente. Havia uma política de revezamento, ou seja, um político paulista governava e logo após um político mineiro governava, até que em 1930 Getúlio Vargas organizou um golpe militar e assumiu o governo, dando início a Era Vargas.


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